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Artigo cadastrado dia 19/07/2017
Dep. Jefferson volta a debater sobre os perigos do jogo Baleia Azul, frisando ainda mais a necessidade de pais, escolas e grupos educativos dialogarem com seus filhos e alunos

Há algumas semanas discursei sobre o jogo da Baleia Azul, uma espécie de corrente do mal que leva adolescentes e crianças ao suicídio.

 

Fico pensando que mente doentia planeja, divulga e envolve pessoas numa brincadeira de mal gosto como esta, mas o fato é que algumas de suas faces estão começando a ser reveladas. A polícia civil do Rio de Janeiro prendeu um jovem, na Comunidade Nova Era, em Nova Iguaçu, que seria um curador do jogo.

 

Na verdade, o jogo Baleia Azul não existe oficialmente, ele acontece através da indução virtual a 50 desafios macabros propostos para menores de 16 anos, por pessoas denominadas curadores, que enviam uma sequência de missões envolvendo o isolamento social, a automutilação e o suicídio.

 

O jovem de 23 anos, Matheus Silva, que foi preso na favela Nova Era, na Baixada Fluminense, confessou aos policiais que era um dos "curadores" do jogo. Ele já havia influenciado cerca de 40 vítimas e algumas delas já estavam bastante marcadas quando foram encontradas.

 

Os agentes da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática - DRCI, têm a missão de  cumprir 24 mandados de busca e apreensão no Amazonas, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Há mais de 70 policiais envolvidos na ação, trabalhando em 20 municípios do país.

 

Contudo, o cuidado mais importante parte dos pais ao avaliar se seus filhos já estão maduros o suficiente para ter um perfil em rede sociais e, ainda que estejam, o uso deve ser monitorado. Todo comportamento estranho de uma criança ou adolescente deve ser considerado, principalmente aqueles que têm tendência à depressão, uma vez que se sentem atraídos por jogos como o Baleia Azul.

 

Os pais também devem incentivar os projetos futuros dos filhos; conhecer seus amigos e coleguinhas; manter o diálogo aberto com seus filhos e criar um ambiente acolhedor na casa.

 

O assunto também deve ser discutido nas escolas, abordando a valorização da vida e o uso consciente das tecnologias. Assim como a família, as escolas podem ajudar a identificar situações de risco entre os alunos e quais são mais vulneráveis.

 

Infelizmente há jovens mais propensos a seguir as instruções de um jogo como estes, nós, como sociedade, precisamos estar atentos e denunciar se descobrirmos aqueles que estão por trás de tramas malígnas como estas.

 

 

* Artigo extraído de discurso apresentado na Câmara Federal.

 

 

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