Esta época que vivemos está difícil e por uma série de razões. Saímos já, há algum tempo, de um forte regime de censuras e corremos para o sentido oposto. Contudo, creio que chegará um momento em que alcançaremos o equilíbrio.
Acabamos de acompanhar a grande polêmica causada por uma exposição, intitulada Queermuseu, realizada pelo Banco Santander, em Porto Alegre, RS, com temática LGBT e pornográfica, financiada através de recursos da Lei Rouanet.
Algumas das peças expostas fazem apologia à pedofilia, à zoofilia e ultraje à fé cristã. O óbvio aconteceu, além das críticas negativas que a iniciativa recebeu por parte da população em geral, muitos dos correntistas do banco sentiram-se ofendidos pelo conteúdo e encerraram suas contas no banco.
Em um dos quadros um (ao que parece) um cachorro é segurado por uma pessoa enquanto é estuprado por outra e um escravo negro é abusado sexualmente por dois homens. Que este tipo de coisa já aconteceu no Brasil nós sabemos, mas pergunto: queremos ver esta cena? Precisamos disso? Vou além, isso é arte???
Gostaria que os recursos públicos destinados para a cultura fossem transformados nisso?
Um sonoro NÃO, né colegas!
Porque as minorias decidiram impor, de qualquer forma, para a sociedade o que acham pertinente, somos obrigados a conviver com isso como se nada houvesse? E nem estou mencionando outro quadro com os dizeres: “Criança viada travesti da lambada”, remetendo à prostituição. Ou os vários trabalhos ofensivos ao cristianismo.
No nosso país ninguém pode ofender as pessoas que optaram por ser homoafetivas, mas elas podem ofender o nosso credo, os animais, as crianças, os negros, que isso é considerado arte.
Faltam limites e bom senso. Segundo o site do Ministério da Cultura, o banco Santander investiu quase 1 milhão de reais, usando os benefícios fiscais da Lei Rouanet, neste embuste.
A repercussão foi tão negativa que a mostra foi encerrada abruptamente.
No entanto, o grande questionamento que quero levantar aqui é como algo tão ofensivo, que levou milhares de pessoas a se manifestar negativamente e, saliento que não foram grupos religiosos, foram pessoas de segmentos diversos, chegou a ser aberta, inclusive para crianças, como se fosse a coisa mais normal do mundo?
Tem algo bem errado acontecendo neste país, debaixo de nossas barbas e não estamos sendo capazes de nos antecipar a isso. Acredito piamente, senhores parlamentares, que precisamos corrigir isto de maneira efetiva antes que tenhamos consequências muito desastrosas para nossa nação.
* Artigo extraído de discurso apresentado na Câmara Federal.