Ataque em Las Vegas

Artigo cadastrado dia 04/10/2017
Deputado Jefferson Campos fala sobre ataque em Las Vegas, como maior massacre, praticado balas, dentro de um territrio americano.

Iniciamos nossa semana estarrecidos. Esta segunda-feira amanheceu com a notícia do maior massacre, praticado à balas, dentro de um território americano.

 

Um atirador, foi até Las Vegas, munido de armamento pesado, instalou-se em um quarto de hotel, com uma vista privilegiada de um local para shows e abateu 59 pessoas, além de deixar mais de 500 feridas. Tudo isso sozinho e, aparentemente, sem um motivo.

 

Stephen Paddock, um norte americano, contador aposentado, bem de vida, pacato, era frequentador assíduo de cassinos e cruzeiros, não ligado a nenhuma entidade religiosa, alguém que simplesmente “curtia a vida”, conseguiu entrar no hotel portanto 23 armas, possuía também dois dispositivos que faziam com que as armas semiautomáticas abrissem fogo automaticamente.

 

Da janela de seu quarto, estrategicamente escolhido,  no hotel Mandalay Bay, um famoso cassino e resort de Las Vegas, começou a  disparar por volta das 22h, na direção do Route 91 Harvest Festival, em que mais de 22 mil pessoas apreciavam um show de música country.

 

Quando os tiros começaram parecia com barulho de fogos de artifício, levou alguns segundos para que as pessoas percebessem o horror que estava acontecendo.

 

O pânico tomou conta e as pessoas começaram a correr para se proteger dos disparos, muitos se jogaram no chão. O atirador tinha uma posição privilegiada e a plateia era um alvo fácil.

 

Foi tudo muito rápido, mas desesperadamente demorado para quem estava ali perdendo a vida ou um ente querido, até que as autoridades conseguissem identificar da onde vinham os disparos e começasse a trocar de tiros com o matador que, por fim, tirou a própria vida.

 

Apesar do Estado Islâmico oportunamente assumir o ataque, não há nenhum indício de que isto seja verdade. A polícia segue investigando quais razões levaram o homem a realizar tal tragédia. Além das 23 armas que ele tinha levado ao hotel, mais 19 foram encontradas em sua casa e em seu veículo tinham vários quilos de nitrato de amônio, um material utilizado para a fabricação de explosivos.

 

Stephen Paddock, de 64 anos, não tinha histórico criminal. Seu irmão estava completamente atordoado com o ataque e disse que Stephen não era um homem violento, era rico, gostava de jogar e só saia para passear.

 

Apesar deste ter sido o mais brutal, não é o primeiro caso em que um atirador decide matar inocentes a seu bel prazer, aliás, na América do Norte já aconteceu diversas vezes. Tudo isso me leva a questionar a questão da liberdade que aquele povo tem para conseguir armas, inclusive de grosso calibre.

 

Num momento qualquer a pessoa perde seu equilíbrio mental e decide matar. É fácil, ela tem acesso à todas as ferramentas necessárias. Pode ir se armando no decorrer dos meses, ninguém desconfia até que o pior acontece.

 

Compadeço-me dos familiares que perderam alguém no massacre. Lamento por estas vidas e espero que aquele governo considere um desarmamento populacional, creio que pode ser uma boa medida. 

 

 

* Artigo extraído de discurso apresentado na Câmara Federal.

 

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