Apesar de muita gente apontá-lo como um vilão e evitar contato com ele, é fato que, para a maioria de nós, ele é um dos mais saborosos amigos do nosso dia-a-dia.
Diariamente, algo próximo a 2,25 bilhões de xícaras de café são consumidas. Embora haja quem o aponte como inimigo da saúde, segundo uma pesquisa da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer e do Imperial College de Londres, o bom e velho cafezinho traz benefícios para a saúde e pode aumentar a longevidade, diminuindo o risco de morte por doenças circulatórias e gastrointestinais, entre outros males.
As pessoas que bebem pelo menos uma xícara por dia têm 12% menos chances de morrer de câncer, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e doenças cardíacas, respiratórias ou de fígado, quando comparadas às que não bebem café. Já quem bebe de duas a três xícaras de café por dia tem redução de 18% no risco de morte. E tanto faz se o café é com ou sem cafeína.
Mesmo considerando que não há garantias de que o café tenha o mesmo efeito em cada organismo, pois cada ser humano é único, o caso é que o café consiste numa mistura de aproximadamente mil compostos químicos, com cafeína, polifenóis e outros compostos bioativos que têm propriedades antioxidantes benéficas para o organismo. Contudo, não se pode afirmar exatamente quais são as substâncias que deixam o fígado mais saudável e trazem melhores respostas imunológicas.
Para que se chegassem a estas conclusões centenas de milhares de consumidores e não consumidores da bebida foram observados por um período de 16 anos, os pesquisadores registraram quem morreu, em que idade e por qual motivo.
Obviamente que um estudo destes tem suas limitações e os pesquisadores não chegam ao ponto de recomendar que se aumente o consumo de café, mas concluem que bebê-lo moderadamente não faz mal à saúde e acrescentá-lo à dieta pode ser benéfico para quem ainda não o consome.
Interessante, pois se cria muita polêmica em torno da bebida e ela, além de ser “acolhedora” nas pausas do trabalho, ainda pode nos trazer benefícios.
* Artigo extraído de discurso apresentado na Câmara Federal.
