Preconceito atrapalha a preveno

Artigo cadastrado dia 23/11/2017
Dep. Jefferson Campos alerta sobre os casos de cncer de prstata, mostrando dados que fortalecem o combate doena e ao preconceito. Prevenir sempre a melhor opo

Como todos sabem, o mês de novembro é internacionalmente dedicado às iniciativas relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem, o que chamamos de Novembro Azul.

 

A mobilização surgiu na Austrália, em 2003, aproveitando a comemoração do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, celebrado no dia 17. O alvo da campanha é chamar a atenção da sociedade para os problemas e doenças que atingem a saúde masculina, além de quebrar o preconceito masculino de realizar o exame de toque.

 

O câncer de próstata é uma das doenças que mais atingem os homens a partir dos 50 anos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia – SBU, a cada 38 minutos um homem morre no Brasil vítima do câncer de próstata. Em 2017, 61.200 novos casos da doença são esperados no país, totalizando 28,6% do total de cânceres previstos para os homens e, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, ele já é a segunda maior causa de morte por câncer na população masculina, superado apenas pelo de pulmão. Cerca de 20% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados em estágio avançado e 25% dos pacientes morrem em decorrência da doença. A maioria dos casos ocorre em homens com mais de 65 anos, sendo que menos de 1% dos tumores é verificado na população abaixo dos 40 anos.

 

A grande questão é que ele é um câncer sorrateiro e não apresenta sintomas até que alcance um nível avançado. Neste momento, os sinais mais comuns são dores lombares, dor na bacia ou joelhos, problemas de ereção e sangramento pela uretra. Por isso a importância da regularidade dos exames a partir dos 50 anos de idade. Além de manter uma alimentação saudável, não fumar e praticar atividades físicas, algo que, de forma geral, contribui para a melhoria da saúde.

 

Estudos mostram que a hereditariedade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Homens cujos irmãos ou pai foram diagnosticados têm o dobro das chances de também portarem. E os homens negros têm risco 60% maior de desenvolver a doença, a mortalidade nesta faixa da população é três vezes maior que em homens brancos e amarelos. Considerando estes fatores, os homens negros e os com histórico familiar devem começar a prevenção aos 40 anos.

 

O diagnóstico precoce impacta diretamente a eficácia do tratamento, que depende, principalmente, do tamanho e da localização do tumor. Portanto, o cuidado masculino é um assunto muito sério e deve ser amplamente divulgado.

 

 

* Artigo extraído de discurso apresentado na Câmara Federal.

 

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