Ontem, dia 20 de novembro, foi celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra. A data que foi escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, também é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
Eu, particularmente, abomino toda forma de preconceito, acho que toda a criação deve ser respeitada. Sejam os humanos, independente de raça, cor ou credo, sejam os animais domésticos ou selvagens.
E, no decorrer dos anos, a humanidade vem tentando corrigir muitas das falhas cometidas contra seus semelhantes, principalmente no que tange a escravidão e o desenrolar dela que é refletido na sociedade até os dias atuais.
Apesar dos muitos esforços sobre a conscientização da igualdade entre pessoas, ainda há entre nós quem diminua ou humilhe outros seres humanos pela sua cor, origem ou condição social, algo realmente execrável.
Posto isso, quero comentar a recente polêmica envolvendo a jornalista Gloria Maria, que pertinentemente comentou em sua rede social a concordância com a seguinte frase do ator Morgan Freeman:
“O dia que pararmos de nos preocupar com a consciência negra, amarela ou branca e nos preocuparmos com a consciência humana, o racismo desaparece”
Como tudo atualmente gera uma polêmica ignorante, o simples fato dela concordar com a frase fez com que muitos de seus seguidores a repreendessem. O que me impressiona em tudo isso é o fato de que “ser” humano precede o “ser” branco, negro, índio, oriental. O que a Glória Maria e o Morgan Freeman e me junto a eles nesta opinião, quiseram dizer é que se fossemos educados para amar e respeitar os demais seres humanos, o fato de pessoas serem de cores diferentes não causaria o menor impacto.
Vou além, precisamos, imediatamente, ser educados para respeitar os seres vivos, humanos, animais, florestas, meio ambiente. Precisamos urgentemente aprender os nossos limites. Onde termina a fronteira do nosso ser e começa a fronteira do ser de nosso vizinho.
O respeito é a base da honestidade. Se respeitamos o humano à nossa frente, não o lesamos em nenhuma esfera, nem por ofensa, nem por agressão, nem por corrupção. Esta consciência que precisamos ter, vai além da cor, ela rege sobre a humanidade.
* Artigo extraído de discurso apresentado na Câmara Federal.